O que me encanta em alguém?
Me encanta a
fala profunda, além dos clichês e estereótipos, o diálogo. Me encanta o olhar
acolhedor e aberto. O ouvido atento ao outro e o gesto gentil. Me encanta o
pensamento no coletivo antes do individual. O trato como sujeito e não objeto.
A moderação das ideias e ideologias nas visões de mundo, afinal, todas são
úteis.
Me encanta a
poesia no pensamento, a beleza no coração e a verdade nos lábios de quem é
solidário. O balanço de um cabelo livre das amarras da mente, das cores, da
idade que reflete a cabeça aberta que os porta. Me encanta o andar firme e
seguro de quem não deve nada a ninguém e a resposta pronta para quem condena.
Quem luta pelo bem do mundo. Quem não se prende aos fetiches do consumo, das
coisas, das modas.
Me encanta a
liberdade de quem voa para dentro de si como um Concorde. A liberdade de quem
pensa, não apenas sente. E pensa no bem, não no ódio. Quem sente o bom, não a
maldade. Me encantam as mãos abertas e dadas. O corpo no formato que for, na
cor que for, na idade que for.
Pareço
exigente, mas é o mínimo que deveríamos cultivar. Apenas sinto que deveria me
esforçar mais, pois estou aquém de minhas pretensões. O mundo merece sempre
mais, e eu mereço ser correspondido na medida do que aprendia a ser. Apenas
isso.
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