AQUELA ESTRADA – CAPÍTULO 4

 Integra das demais histórias no site das Belas Urbanas.


Preferi pegar seu telefone, dar uma desculpa e não fazer nada aquele dia. Por mais que meu corpo gritasse por aquele homem, não queria apenas corpos, queria dele alma, vida, tudo!

Dei uma desculpa, dessas que convencem, mas nem tanto. Disse que teria um compromisso logo cedo e teria que voltar ao meu quarto. Ele indagou, queria saber mais, mostrou-se curioso com minha agenda repentina, mas fui firme ao despistar. Fiquei pensando o quão adolescente poderia parecer essa atitude. 

Era sim uma aposta. Ele poderia não mais querer nada. Resposta em si, não seria mais que ilusão. Mas se ainda quisesse, poderíamos iniciar algo interessante até o próximo desafio.

Agora senti que a atitude, a responsabilidade em relação ao que sentia era só minha. Aquele telefone, anotado em guardanapo estava comigo. Quando ligo? O que falo? Como contínuo nossa história?

O medo me bateu também: eu menti para interromper aquele clima, aquele momento. Mas foi em prol de uma história mais longa com ele. Mas estou tão enferrujada em relação a esse jogo do amor que não sei ao certo como agir. Minha preocupação toda agora era: e se ele perguntar sobre meu compromisso, como vou agir?


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