O amor, que é?

 O amor ideal é uma ideia. Sendo assim, fica dentro da mente, idealizando o momento ideal, a forma ideal, a música ideal, a comida, o sexo, a família, os filhos ideais. Se limita à ideia, tendo uma beleza particular e idílica. É lindo e maravilhoso, como diria Caetano, mas deixa assim, ficar subentendido, como diria Lulu Santos.

O amor romântico é um romance. Sendo assim, é digno de um livro! De capa dura de belas ilustrações, como aqueles da antiguidade. Ele tem uma natureza saudosa, beira o amor ideal,beira o amor divino e sempre tem um que de cinema. Ele é uma ficção, mas tão bela que gostaríamos de viver! É lindo e maravilhoso, como diria Caetano, mas uma tolice, viver a vida sem aventura, como diria Lulu Santos.

O amor real é uma realidade. E sendo assim, é um misto de conviver com a ideia, com o romance e com os fatos. Ele se embeleza em cada ato, ele cresce em cada percalço. Ele se nutre do que não tem nutrientes e se fortalece na fraqueza. Ele é um fogo que arte, mas ninguem vê pois está atento à conta do banco, à casa que precisa pintar. Ele tem a beleza de quem está atendo à vida: vive sem recusas, sem covardia. Encara os desafios e coloca na conta da vitória. A vitória do amor.

O amor real tem RE e AL. Rê de Regiane, AL de ao seu lado sou feliz. Me diz um dia que não temos uma vida real que, ao final do dia não estamos convivendo entre um mix de olhos virados e admiração? Me diz um tempo que o sonho não confronta seus desafios e que, ao nosso jeito, damos um jeito, cansados da luta ou zoando um com o outro? Me diz um segundo em que nossa vida não é um para o outro, dentro da realidade que aparece dia a dia?

É lido e maravilhoso, como diria Caetano. Mas é quando um certo alguém que cruzou o meu caminho e mudou minha direção que descobri que o volante da vida foi feito para curvar nossa história para ser feliz. É quando um certo alguém como você, Regiane, desperta o sentimento, é melhor não resistir e se entregar, como diria Lulu Santos.